"Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2010, o Rendimento da Actividade Agrícola em Portugal, por unidade de trabalho, deverá ter crescido 6,8%, em termos reais, relativamente a 2009. Apesar da pequena redução nominal do Valor Acrescentado Bruto (-0,6%), o Rendimento de Factores deverá ter aumentado 5,7%, em virtude do acréscimo em 21,0% dos Outros Subsídios à Produção. O Volume de mão de-obra agrícola deverá ter continuado a diminuir (-1,9%)."
(INE, 2010)
Monday, 20 December 2010
Investimento público à toa
Parece que foi um jornalista do Jornal "O crime" que inventou...mas infelizmente não; é realidade. Será que é mais uma vez a UE a pagar e por isso os responsáveis não querem saber se o investimento faz sentido ou não?
COMUNICADO DE IMPRENSA da LPN
*Mini-hídrica a construir no Rio Mondego invalida investimento de 3,5 milhões em passagem para peixes migradores*
*Foi este ano adjudicada a obra para a construção de uma escada para a passagem de peixes migradores no Açude-ponte em Coimbra, que representará um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros. Atendendo a que o objectivo desta obra é garantir o acesso de espécies como a lampreia-marinha, o sável e a savelha às suas áreas de reprodução, foi com grande surpresa que a LPN constatou o lançamento recente de um concurso público, para a construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante deste açude.*
A construção de barragens e açudes ao longo de todas as bacias hidrográficas nacionais tem vindo a constituir uma ameaça à conservação de diversas espécies de peixes, em particular as espécies que efectuam migrações entre o mar e os rios para completarem o seu ciclo de vida.
É o caso da lampreia-marinha, do sável e da savelha, que se reproduzem nos rios, mas migram para o mar, onde desenvolvem grande parte da sua vida adulta. Ao contrário destas, a enguia reproduz-se no mar e os juvenis sobem os rios, onde se vão desenvolver até à fase de migração para reprodução. As barragens e açudes são obstáculos físicos à migração destas espécies, uma vez que muito raramente conseguem ultrapassar estas barreiras, representando por isso uma ameaça à conservação das mesmas.
Uma das medidas mais eficientes para a preservação destas espécies é evitar a implementação destas estruturas a jusante das áreas de reprodução daquelas espécies e, quando as mesmas já existem, a construção de dispositivos que permitam a sua transposição, como as escadas e elevadores para peixes, de que é exemplo a passagem para peixes que está a ser construída no
Açude-Ponte em Coimbra. Este investimento no açude justificou-se devido à importância do Rio Mondego para a reprodução das espécies migradoras, que não conseguiam ultrapassar aquela infra-estrutura localizada a apenas 35 km da foz do troço principal do Mondego e que, com passagem assegurada, passarão a dispor de mais cerca de 40 km nesta bacia hidrográfica, que incluirão, para além do troço principal do Mondego, os rios Ceira e Alva.
Foi com grande surpresa que a LPN teve conhecimento do lançamento de um concurso público para construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante do Açude-Ponte (D.R. II Série, 201/2010 de 15 de Outubro) com a finalidade de produção de energia hidroeléctrica e captação de água. O lançamento desta obra pela Administração de Região Hidrográfica do Centro é uma perfeita contradição pois anula quase por completo os efeitos conservacionistas positivos da construção da passagem para peixes no Açude-Ponte em Coimbra, promovida pelo Instituto da Água.
A LPN acredita que esta iniciativa possa ter resultado de alguma falha de comunicação entre as várias entidades do Ministério do Ambiente, pelo que espera que o concurso público para construção da mini-hídrica venha a ser anulado em breve.
Lisboa, 24 de Novembro de 2010
*A Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza*
COMUNICADO DE IMPRENSA da LPN
*Mini-hídrica a construir no Rio Mondego invalida investimento de 3,5 milhões em passagem para peixes migradores*
*Foi este ano adjudicada a obra para a construção de uma escada para a passagem de peixes migradores no Açude-ponte em Coimbra, que representará um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros. Atendendo a que o objectivo desta obra é garantir o acesso de espécies como a lampreia-marinha, o sável e a savelha às suas áreas de reprodução, foi com grande surpresa que a LPN constatou o lançamento recente de um concurso público, para a construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante deste açude.*
A construção de barragens e açudes ao longo de todas as bacias hidrográficas nacionais tem vindo a constituir uma ameaça à conservação de diversas espécies de peixes, em particular as espécies que efectuam migrações entre o mar e os rios para completarem o seu ciclo de vida.
É o caso da lampreia-marinha, do sável e da savelha, que se reproduzem nos rios, mas migram para o mar, onde desenvolvem grande parte da sua vida adulta. Ao contrário destas, a enguia reproduz-se no mar e os juvenis sobem os rios, onde se vão desenvolver até à fase de migração para reprodução. As barragens e açudes são obstáculos físicos à migração destas espécies, uma vez que muito raramente conseguem ultrapassar estas barreiras, representando por isso uma ameaça à conservação das mesmas.
Uma das medidas mais eficientes para a preservação destas espécies é evitar a implementação destas estruturas a jusante das áreas de reprodução daquelas espécies e, quando as mesmas já existem, a construção de dispositivos que permitam a sua transposição, como as escadas e elevadores para peixes, de que é exemplo a passagem para peixes que está a ser construída no
Açude-Ponte em Coimbra. Este investimento no açude justificou-se devido à importância do Rio Mondego para a reprodução das espécies migradoras, que não conseguiam ultrapassar aquela infra-estrutura localizada a apenas 35 km da foz do troço principal do Mondego e que, com passagem assegurada, passarão a dispor de mais cerca de 40 km nesta bacia hidrográfica, que incluirão, para além do troço principal do Mondego, os rios Ceira e Alva.
Foi com grande surpresa que a LPN teve conhecimento do lançamento de um concurso público para construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante do Açude-Ponte (D.R. II Série, 201/2010 de 15 de Outubro) com a finalidade de produção de energia hidroeléctrica e captação de água. O lançamento desta obra pela Administração de Região Hidrográfica do Centro é uma perfeita contradição pois anula quase por completo os efeitos conservacionistas positivos da construção da passagem para peixes no Açude-Ponte em Coimbra, promovida pelo Instituto da Água.
A LPN acredita que esta iniciativa possa ter resultado de alguma falha de comunicação entre as várias entidades do Ministério do Ambiente, pelo que espera que o concurso público para construção da mini-hídrica venha a ser anulado em breve.
Lisboa, 24 de Novembro de 2010
*A Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza*
Wednesday, 15 December 2010
Decline of agricultural labour in the EU
EU agricultural labour down by nearly 25% since 2000
Agricultural labour in the EU has decreased by 24.9% since 2000 which, in terms of AWU, represents a drop of 3.7 million from 14.9 million AWU in 2000 to 11.2 million AWU in EU-27 in 2009. Because many farmers and farm workers are only employed part-time in agriculture, the number of people actually working in agriculture is greater than the number of annual work units.
Measured as a percentage of the total active population in the EU, agricultural labour input in AWU accounted for 4.7% in 2009 (based on active population 2008) compared to 6.7% in 2000. In EU-15 the respective percentages in 2009 were 2.8 as against 3.8 in 2000, although the shares – and the changes – in the 12 new Member States were much higher.
In 2009 agricultural labour input represented 12.1% in the 12 new Member States as a percentage of active population, while the percentage in 2000 was 17.3%, signifying that the fall in agricultural labour input on average in the 12 new Member States is equivalent to more than 5 per cent of the active population. It should be noted that these countries entered EU and the Common agricultural policy after 2000.
The rates of decrease in agricultural labour input in the individual countries range from 2.6% in Greece to 55% in Estonia, where labour input has more than halved in less than 10 years. Generally speaking, the decrease is lowest in the EU-15 countries, but also in Poland (−11.3%), which makes it an exception among the 12 new Member States. Portugal, on the other hand, is in the opposite situation: its decrease of 31.6% shows a trend similar to the average decrease in labour input for the 12 new Member States (−31.3%).
Despite the steep falls recorded in the new Member States, agricultural labour input in these countries in 2009 accounted for a little over half (51.7%) of EU-27 agricultural labour input.
The figures for agricultural labour input are recorded in the Economic accounts for agriculture as 'Non-salaried labour input' and 'Salaried labour input', respectively. Since 2000, non-salaried labour input, which represents the largest share in almost all countries (except the Czech Republic and Slovakia), fell by 28.3% in the EU-27, while the salaried portion decreased only by 9.6%.
(From the Eurostat website)
Agricultural labour in the EU has decreased by 24.9% since 2000 which, in terms of AWU, represents a drop of 3.7 million from 14.9 million AWU in 2000 to 11.2 million AWU in EU-27 in 2009. Because many farmers and farm workers are only employed part-time in agriculture, the number of people actually working in agriculture is greater than the number of annual work units.
Measured as a percentage of the total active population in the EU, agricultural labour input in AWU accounted for 4.7% in 2009 (based on active population 2008) compared to 6.7% in 2000. In EU-15 the respective percentages in 2009 were 2.8 as against 3.8 in 2000, although the shares – and the changes – in the 12 new Member States were much higher.
In 2009 agricultural labour input represented 12.1% in the 12 new Member States as a percentage of active population, while the percentage in 2000 was 17.3%, signifying that the fall in agricultural labour input on average in the 12 new Member States is equivalent to more than 5 per cent of the active population. It should be noted that these countries entered EU and the Common agricultural policy after 2000.
The rates of decrease in agricultural labour input in the individual countries range from 2.6% in Greece to 55% in Estonia, where labour input has more than halved in less than 10 years. Generally speaking, the decrease is lowest in the EU-15 countries, but also in Poland (−11.3%), which makes it an exception among the 12 new Member States. Portugal, on the other hand, is in the opposite situation: its decrease of 31.6% shows a trend similar to the average decrease in labour input for the 12 new Member States (−31.3%).
Despite the steep falls recorded in the new Member States, agricultural labour input in these countries in 2009 accounted for a little over half (51.7%) of EU-27 agricultural labour input.
The figures for agricultural labour input are recorded in the Economic accounts for agriculture as 'Non-salaried labour input' and 'Salaried labour input', respectively. Since 2000, non-salaried labour input, which represents the largest share in almost all countries (except the Czech Republic and Slovakia), fell by 28.3% in the EU-27, while the salaried portion decreased only by 9.6%.
(From the Eurostat website)
Wednesday, 17 November 2010
Hunger in the world
"It is only possible that there are people starving because of a lack of ethics and moral."
Julia Kubler
"Human ingenuity has a capacity to rationalize short-sighted selfishness as inadvertent altruism, as manifest in neoclassical economic theory."
(Chambers and Conway, 1991)
Julia Kubler
"Human ingenuity has a capacity to rationalize short-sighted selfishness as inadvertent altruism, as manifest in neoclassical economic theory."
(Chambers and Conway, 1991)
Tuesday, 16 November 2010
Higher education & the PhD process
“The PhD process can be the most harmful. Rehabiliating those who have been disabled by the experiences of education is tackling the problem too late. We have to go upstream and stop the harm at source.”
Chambers, R. (2008). Revolutions in Development Inquiry. Earthscan, London.
Chambers, R. (2008). Revolutions in Development Inquiry. Earthscan, London.
Thursday, 4 November 2010
Anglo-saxon imperialism
Dr. Christopher Houghton Budd said:
"Economics is a modern form of Anglo-saxon imperialism."
"Economia é uma forma moderna de imperialismo anglo-saxónico."
"Wirtschaftswissenschaft ist eine moderne Form des Angel-saechsischen Imperialismus."
"Economics is a modern form of Anglo-saxon imperialism."
"Economia é uma forma moderna de imperialismo anglo-saxónico."
"Wirtschaftswissenschaft ist eine moderne Form des Angel-saechsischen Imperialismus."
Monday, 1 November 2010
Modernisation is disempowerment
This a bit fixed and radical statemtent came to me when analysing how subsistence-oriented livelihood systems have been considered by the political-economic elites to be 'backward forms of farming', being encouraged, forced and pushed into 'modernisation'...by economic policies, external competition, regulations unsuitable for small-scale production systems, etc. Subsistence farmers slowly but steadilly had their livelihoods undermined. Being told they are backward, they have to modernise, and having the carpet pulled away under their feet it is no wonder they feel disempowered. And then those same carpet-away-pullers say "oh, the problem is these farmers are not entrepreneurial...they don't manage to modernise."
Obviously the subsistence-oriented farming systems (in Portugal) were not paradise and people then too were disempowered in various ways. The challenge really is to find new and better ways. Not new, but equally bad ones.
Obviously the subsistence-oriented farming systems (in Portugal) were not paradise and people then too were disempowered in various ways. The challenge really is to find new and better ways. Not new, but equally bad ones.
Friday, 15 October 2010
Thursday, 7 October 2010
Perdoem-me mais esta
Ontém reencaminharam-me uma série de piadas, das quais se destaca pela sua relevância com o meu tema de doutoramento a seguinte:
"Os problemas de Portugal são essêncialmente agrícolas;
excesso de nabos e falta de tomates."
"Os problemas de Portugal são essêncialmente agrícolas;
excesso de nabos e falta de tomates."
Friday, 1 October 2010
Dá (imensa) vontade de bater-lhes
Lei que regula pastoreio transumante considerada desadequada
Guerra de papéis arruma com os pastores itinerantes no Alentejo
29.09.2010 - 08:35 Por Carlos Dias
»No Baixo Alentejo, produtores abandonam actividade porque têm de apresentar numerosos documentos, via Internet ou num único balcão.
"É mais fácil tratar do passaporte do que transferir uma ovelha", diz presidente da associação.
As migrações sazonais de milhares de pequenos ruminantes estão a desaparecer no Baixo Alentejo. Os chamados pastores transumantes, que procuram outras paragens para alimentar o gado, estão a abandonar a actividade, porque muitos não se adaptam à nova realidade prevista na lei. Por causa da doença da língua azul e da brucelose, o Estado apertou a legislação. Porém, dizem as associações, a cura está a matar o doente.
Como não há registos oficiais que contabilizem o número de pastores transumantes, ninguém sabe quantos abandonaram o pastoreio nos últimos anos. Alguns pastores dizem que actualmente há seis nesta zona do país. Há uma década, num outro trabalho do PÚBLICO, contavam-se 30 transumantes. Muitos deixaram a actividade por outras razões (semelhantes). A lei de 2008 que criou uma autêntica teia burocrática, ameaça acabar com os restantes.
Em causa estão regras introduzidas por decreto em 2008 e que obriga os produtores a apresentarem um vasto conjunto de formulários, declarações e até mapas em escalas específicas, antes de transferirem os seus animais. Os documentos estão previstos no Regime de Exercício da Actividade Pecuária (REAP), que a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) encara "com apreensão".
Posição semelhante tem João Dinis, dirigente da Confederação Nacional de Agricultura. "Aumentaram as exigências ao mesmo tempo que fecharam os serviços na dependência do ministério", assinala, frisando que os interessados estão basicamente obrigados a percorrer grandes distâncias para tratar dos seus assuntos. No Baixo Alentejo, a mais extensa região do país, só podem tratar disto em Beja. Ou então pela Internet, que poucos ou nenhum dos interessados domina.
Para melhor se perceber a dimensão das exigências, o PÚBLICO consultou o site do REAP. Para a instrução do licenciamento da área de pasto, cada produtor tem de entregar um formulário com descrição exaustiva da actividade e da exploração pecuária, a caracterização da Parcela Valorização Agrícola (gestão dos efluentes pecuários), uma Declaração de Responsabilidade Sanitária, uma Declaração de Responsabilidade pelos Animais e uma Declaração do Produtor (do proprietário da exploração onde se localizam os pastos).
Ministério admite rever
"É mais fácil tratar do passaporte do que transferir uma ovelha de Mértola para Beja", ironiza Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, organização que decidiu ajudar os pastores itinerantes, porque os formulários são quase incompreensíveis para eles.
Além destes documentos, cada pastor está também obrigado a manter um registo de existências e deslocações, actualizado semanalmente, e onde devem constar, entre outros elementos, uma planta em escala não inferior a 1:25.000, indicando a localização das instalações da actividade pecuária e abrangendo um raio de um quilómetro, com a indicação da zona de protecção e da localização de outras edificações envolventes.
Em Junho passado, o Ministério da Agricultura reconheceu que "apesar das virtualidades do actual diploma que enquadra o REAP (Decreto-Lei n.º 214/2008), a experiência colhida demonstra a necessidade de se introduzirem alterações ao regime vigente (...), indo ao encontro das expectativas" dos produtores pecuários.
http://www.publico.pt/Local/guerra-de-papeis-arruma-com-os-pastores-itinerantes-no-alentejo_1458490
Guerra de papéis arruma com os pastores itinerantes no Alentejo
29.09.2010 - 08:35 Por Carlos Dias
»No Baixo Alentejo, produtores abandonam actividade porque têm de apresentar numerosos documentos, via Internet ou num único balcão.
"É mais fácil tratar do passaporte do que transferir uma ovelha", diz presidente da associação.
As migrações sazonais de milhares de pequenos ruminantes estão a desaparecer no Baixo Alentejo. Os chamados pastores transumantes, que procuram outras paragens para alimentar o gado, estão a abandonar a actividade, porque muitos não se adaptam à nova realidade prevista na lei. Por causa da doença da língua azul e da brucelose, o Estado apertou a legislação. Porém, dizem as associações, a cura está a matar o doente.
Como não há registos oficiais que contabilizem o número de pastores transumantes, ninguém sabe quantos abandonaram o pastoreio nos últimos anos. Alguns pastores dizem que actualmente há seis nesta zona do país. Há uma década, num outro trabalho do PÚBLICO, contavam-se 30 transumantes. Muitos deixaram a actividade por outras razões (semelhantes). A lei de 2008 que criou uma autêntica teia burocrática, ameaça acabar com os restantes.
Em causa estão regras introduzidas por decreto em 2008 e que obriga os produtores a apresentarem um vasto conjunto de formulários, declarações e até mapas em escalas específicas, antes de transferirem os seus animais. Os documentos estão previstos no Regime de Exercício da Actividade Pecuária (REAP), que a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) encara "com apreensão".
Posição semelhante tem João Dinis, dirigente da Confederação Nacional de Agricultura. "Aumentaram as exigências ao mesmo tempo que fecharam os serviços na dependência do ministério", assinala, frisando que os interessados estão basicamente obrigados a percorrer grandes distâncias para tratar dos seus assuntos. No Baixo Alentejo, a mais extensa região do país, só podem tratar disto em Beja. Ou então pela Internet, que poucos ou nenhum dos interessados domina.
Para melhor se perceber a dimensão das exigências, o PÚBLICO consultou o site do REAP. Para a instrução do licenciamento da área de pasto, cada produtor tem de entregar um formulário com descrição exaustiva da actividade e da exploração pecuária, a caracterização da Parcela Valorização Agrícola (gestão dos efluentes pecuários), uma Declaração de Responsabilidade Sanitária, uma Declaração de Responsabilidade pelos Animais e uma Declaração do Produtor (do proprietário da exploração onde se localizam os pastos).
Ministério admite rever
"É mais fácil tratar do passaporte do que transferir uma ovelha de Mértola para Beja", ironiza Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, organização que decidiu ajudar os pastores itinerantes, porque os formulários são quase incompreensíveis para eles.
Além destes documentos, cada pastor está também obrigado a manter um registo de existências e deslocações, actualizado semanalmente, e onde devem constar, entre outros elementos, uma planta em escala não inferior a 1:25.000, indicando a localização das instalações da actividade pecuária e abrangendo um raio de um quilómetro, com a indicação da zona de protecção e da localização de outras edificações envolventes.
Em Junho passado, o Ministério da Agricultura reconheceu que "apesar das virtualidades do actual diploma que enquadra o REAP (Decreto-Lei n.º 214/2008), a experiência colhida demonstra a necessidade de se introduzirem alterações ao regime vigente (...), indo ao encontro das expectativas" dos produtores pecuários.
http://www.publico.pt/Local/guerra-de-papeis-arruma-com-os-pastores-itinerantes-no-alentejo_1458490
Friday, 17 September 2010
Seminar Semi-subsistence farming in the EU
"Semi-subsistence farming in the EU: current situation and future prospects" The event has been re-scheduled for 13-15 October 2010, and will take place in Sibiu, Romania.
OPEN CALL for registration
Participation to the seminar is open and all those who wish to attend are invited to fill in the registration form available here.
Please note that:
•registrations will be accepted on first-come-first serve basis and will be closed when the expected number of participants is full. Therefore it is important to note that registration does not mean the place is guaranteed, and no travel or accommodation arrangements should be made before receiving a confirmation.
•the travel and accommodation are at participant's own cost
and have to be arranged by the participants themselves.
Content of the seminar
The main aim of the seminar is to assess the current situation regarding policies directed towards semi-subsistence farms in the EU-27, together with the challenges, needs and prospects they face, highlighting also their contributions to the rural environment and society.
The seminar will be attended by approximately 150 participants and the discussions are expected to contribute to a better understanding of the profile of semi-subsistence farmers needs and opportunities; and how semi-subsistence farms interact in society and with the environment. The results of the work are expected to contribute to a better targeting of rural policy interventions in different types of contexts.
Much of the seminar will be dedicated to in-depth parallel workshop sessions covering the following topics: semi-subsistence farming concepts and key issues, including understanding the meaning of the term in different Member States;
•wider implications of semi-subsistence farming for society and the environment, the delivery of environmental
•benefits, social issues including semi-subsistence farms as a social ‘safety net’;
•pathways for semi-subsistence farms, opportunities for and constraints to integration into the food chain,
•restructuring patterns for semi-subsistence farms and the potential importance of non-agricultural activities;
•the relevance of rural development policy instruments to semi-subsistence farms, EU rural development policy mechanisms available, how the available policy instruments are used in Member States and the impact of rural development policy on those farms;
•networking and semi-subsistence farming.
More information about the seminar can be found on: http://enrd.ec.europa.eu/index.cfm?ABFF6733-D546-40A6-BA93-F165DB3C20F9
OPEN CALL for registration
Participation to the seminar is open and all those who wish to attend are invited to fill in the registration form available here.
Please note that:
•registrations will be accepted on first-come-first serve basis and will be closed when the expected number of participants is full. Therefore it is important to note that registration does not mean the place is guaranteed, and no travel or accommodation arrangements should be made before receiving a confirmation.
•the travel and accommodation are at participant's own cost
and have to be arranged by the participants themselves.
Content of the seminar
The main aim of the seminar is to assess the current situation regarding policies directed towards semi-subsistence farms in the EU-27, together with the challenges, needs and prospects they face, highlighting also their contributions to the rural environment and society.
The seminar will be attended by approximately 150 participants and the discussions are expected to contribute to a better understanding of the profile of semi-subsistence farmers needs and opportunities; and how semi-subsistence farms interact in society and with the environment. The results of the work are expected to contribute to a better targeting of rural policy interventions in different types of contexts.
Much of the seminar will be dedicated to in-depth parallel workshop sessions covering the following topics: semi-subsistence farming concepts and key issues, including understanding the meaning of the term in different Member States;
•wider implications of semi-subsistence farming for society and the environment, the delivery of environmental
•benefits, social issues including semi-subsistence farms as a social ‘safety net’;
•pathways for semi-subsistence farms, opportunities for and constraints to integration into the food chain,
•restructuring patterns for semi-subsistence farms and the potential importance of non-agricultural activities;
•the relevance of rural development policy instruments to semi-subsistence farms, EU rural development policy mechanisms available, how the available policy instruments are used in Member States and the impact of rural development policy on those farms;
•networking and semi-subsistence farming.
More information about the seminar can be found on: http://enrd.ec.europa.eu/index.cfm?ABFF6733-D546-40A6-BA93-F165DB3C20F9
Roundup link to birth defects
Groundbreaking study shows Roundup link to birth defects
International scientists confirm dangers of Roundup at GMO-Free Regions Conference in Brussels Brussels 16 September 2010 Glyphosate, the active ingredient in the world’s best-selling weedkiller Roundup, causes malformations in frog and chicken embryos at doses far lower than those used in agricultural spraying and well below maximum residue levels in products presently approved in the European Union. This is reported in research (1) published by a group around Professor Andrés Carrasco, director of the Laboratory of Molecular Embryology at the University of Buenos Aires Medical School and member of Argentina’s National Council of Scientific and Technical Research.
Carrasco was led to research the embryonic effects of glyphosate by reports of high rates of birth defects in rural areas of Argentina where Monsanto’s genetically modified “Roundup Ready” (RR) soybeans are grown in large monocultures sprayed from airplanes regularly. RR soy is engineered to tolerate Roundup, allowing farmers to spray the herbicide liberally to kill weeds while the crop is growing.
At a press conference during the 6th European Conference of GMO Free Regions in the European Parliament in Brussels Carrasco said, “The findings in the lab are compatible with malformations observed in humans exposed to glyphosate during pregnancy.” Reporting of such problems started in 2002, two years after large scale introduction of RR soybeans in Argentina. The experimental animals share similar developmental mechanisms with humans. The authors concluded that the results raise “concerns about the clinical findings from human offspring in populations exposed to Roundup in agricultural fields.” Carrasco added, “I suspect the toxicity classification of glyphosate is too low. In some cases this can be a powerful poison.”
The maximum residue level (MRL) allowed for glyphosate in soy in the EU is 20 mg/kg. The level was increased 200-fold from 0.1 mg/kg to 20 mg/kg in 1997 after GM RR soy was commercialized in Europe. Carrasco found malformations in embryos injected with 2.03 mg/kg glyphosate. Soybeans can contain glyphosate residues of up to 17mg/kg.
In August 2010 Amnesty International reported that an organized mob violently attacked people who gathered to hear Carrasco talk about his research in the town of La Leonesa, Chaco province. Witnesses implicated local agro-industry figures in the attack.
Carrasco is also the co-author of a report, “GM Soy: Sustainable? Responsible?” released on September 16 by a group of international scientists. The report documents a bulk of evidence in scientific studies on the harmful health and environmental impacts of GM RR soy and Roundup.
This report is released together with the testimonies of people who have suffered from such spraying. Viviana Peralta, a housewife from San Jorge, Santa Fe, Argentina was hospitalized together with her baby after Roundup spraying from planes flying near her home. Peralta and other residents launched a lawsuit that resulted in a regional court ban on the spraying of Roundup and other agrochemicals near houses.
ENDS
(1) Paganelli, A., Gnazzo, V., Acosta, H., López, S.L., Carrasco, A.E. 2010. Glyphosate-based herbicides produce teratogenic effects on vertebrates by impairing retinoic acid signalling. Chem. Res. Toxicol., August 9. http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/tx1001749
(2) GM Soy: Sustainable? Responsible?” is released on September 16 by Andrés Carrasco and eight other international scientists: http://www.gmo-free-regions.org/conference2010/press.html
From: http://www.gmo-free-regions.org/fileadmin/pics/gmo-free-regions/conference_2010/press/Carrasco_soybean_PR.pdf
International scientists confirm dangers of Roundup at GMO-Free Regions Conference in Brussels Brussels 16 September 2010 Glyphosate, the active ingredient in the world’s best-selling weedkiller Roundup, causes malformations in frog and chicken embryos at doses far lower than those used in agricultural spraying and well below maximum residue levels in products presently approved in the European Union. This is reported in research (1) published by a group around Professor Andrés Carrasco, director of the Laboratory of Molecular Embryology at the University of Buenos Aires Medical School and member of Argentina’s National Council of Scientific and Technical Research.
Carrasco was led to research the embryonic effects of glyphosate by reports of high rates of birth defects in rural areas of Argentina where Monsanto’s genetically modified “Roundup Ready” (RR) soybeans are grown in large monocultures sprayed from airplanes regularly. RR soy is engineered to tolerate Roundup, allowing farmers to spray the herbicide liberally to kill weeds while the crop is growing.
At a press conference during the 6th European Conference of GMO Free Regions in the European Parliament in Brussels Carrasco said, “The findings in the lab are compatible with malformations observed in humans exposed to glyphosate during pregnancy.” Reporting of such problems started in 2002, two years after large scale introduction of RR soybeans in Argentina. The experimental animals share similar developmental mechanisms with humans. The authors concluded that the results raise “concerns about the clinical findings from human offspring in populations exposed to Roundup in agricultural fields.” Carrasco added, “I suspect the toxicity classification of glyphosate is too low. In some cases this can be a powerful poison.”
The maximum residue level (MRL) allowed for glyphosate in soy in the EU is 20 mg/kg. The level was increased 200-fold from 0.1 mg/kg to 20 mg/kg in 1997 after GM RR soy was commercialized in Europe. Carrasco found malformations in embryos injected with 2.03 mg/kg glyphosate. Soybeans can contain glyphosate residues of up to 17mg/kg.
In August 2010 Amnesty International reported that an organized mob violently attacked people who gathered to hear Carrasco talk about his research in the town of La Leonesa, Chaco province. Witnesses implicated local agro-industry figures in the attack.
Carrasco is also the co-author of a report, “GM Soy: Sustainable? Responsible?” released on September 16 by a group of international scientists. The report documents a bulk of evidence in scientific studies on the harmful health and environmental impacts of GM RR soy and Roundup.
This report is released together with the testimonies of people who have suffered from such spraying. Viviana Peralta, a housewife from San Jorge, Santa Fe, Argentina was hospitalized together with her baby after Roundup spraying from planes flying near her home. Peralta and other residents launched a lawsuit that resulted in a regional court ban on the spraying of Roundup and other agrochemicals near houses.
ENDS
(1) Paganelli, A., Gnazzo, V., Acosta, H., López, S.L., Carrasco, A.E. 2010. Glyphosate-based herbicides produce teratogenic effects on vertebrates by impairing retinoic acid signalling. Chem. Res. Toxicol., August 9. http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/tx1001749
(2) GM Soy: Sustainable? Responsible?” is released on September 16 by Andrés Carrasco and eight other international scientists: http://www.gmo-free-regions.org/conference2010/press.html
From: http://www.gmo-free-regions.org/fileadmin/pics/gmo-free-regions/conference_2010/press/Carrasco_soybean_PR.pdf
Tuesday, 14 September 2010
As expected
La Via Campesina denounces Gates Foundation purchase of Monsanto Company shares
Glendive, Montana. La Via Campesina (www.viacampesina.org), a global peasant movement representing small farmers, landless workers, fisherfolk, rural women, youth and indigenous peoples, with 150 member organizations from 70 countries on five continents, has denounced the Bill & Melinda Gates Foundation Trust s recent acquisition of Monsanto Company shares. The Bill & Melinda Gates Foundation was founded in 1994 by Microsoft founder William H. Gates, and today exerts a hegemonic influence on global agricultural development policy. The Foundation channels hundreds of millions of dollars into projects that encourage peasants and farmers to use Monsanto's genetically-engineered (GE) seed and agrochemicals. In August the Bill & Melinda Gates Foundation Trust, which manages the $33.5 billion asset trust endowment that funds the Foundation's philanthropic projects (and to which Bill & Melinda are trustees) disclosed that it purchased 500,000 shares of Monsanto shares for just over $23 million.(1) According to Dena Hoff, a diversified family farmer in Glendive, Montana and North American coordinator of La Via Campesina, The Bill & Melinda Gates Foundation Trust's purchase of Monsanto shares indicates that the Gates Foundation's interest in promoting the company's seed is less about philanthropy than about profit-making. The Foundation is helping to open new markets for Monsanto, which is already the largest seed company in the
world. Since 2006, the Bill & Melinda Gates Foundation has collaborated with the Rockefeller Foundation, an ardent promoter of GE crops for the world's poor, to implement the Alliance for a Green Revolution in Africa (AGRA), which is opening up the continent to GE seed and chemicals sold by Monsanto, DuPont and Syngenta. The Foundation has given $456 million to AGRA, and in 2006 hired Robert Horsch, a Monsanto executive for 25 years, to work on the project. In Kenya about 70 percent of AGRA grantees work directly with Monsanto (2) , nearly 80 percent of Gates' funding in the country involves biotech, and over $100 million in grants has been made to Kenyan organizations connected to Monsanto. In 2008, some 30 percent of the Foundation's agricultural development funds went to promoting or developing GE seed varieties (3). In April the Bill & Melinda Gates Foundation and finance ministers from the US, Canada, Spain and South Korea pledged $880 million to create the Global Agriculture and Food Security Program (GAFSP), managed by the World Bank to tackle world hunger and poverty. (4) In June GAFSP announced that it gave $35 million to Haiti to increase smallholder farmers access
to agricultural inputs, technology, and supply chains. (5) In May Monsanto announced that it donated 475 tons of seed to Haiti, which is being distributed by the US Agency for International Development (USAID). The administrator of USAID is Rajiv Shah, who worked at the Gates Foundation before being appointed by the Obama administration in 2009.
According to Chavannes Jean-Baptiste of the Haitian Peasant Movement of Papaye and Caribbean coordinator of La Via Campesina, it is really shocking for the peasant organizations and social movements in Haiti to learn about the decision of the Bill & Melinda Gates Foundation to buy Monsanto shares while it is giving money for agricultural projects in Haiti that promote the companys seed and agrochemicals. The peasant organizations in Haiti want to denounce this policy which is against the interests of 80 percent of the Haitian population, and is against peasant agriculture - the base of Haitis food production.
The Bill & Melinda Gates Foundation also funds the US governments Feed the Future initiative, administered by the State Department. At a July 20 congressional subcommittee hearing on Feed the Future, executive vice president for Monsanto Gerald Steiner testified that Feed the Future is exciting not least because it recognizes both the business imperatives by which Monsanto and other companies must operate. "We want to do good in the world, while we also do well for our shareholders." Steiner mentioned Monsantos project to develop drought resistant maize for Africa, also funded by the Bill & Melinda Gates Foundation.(6)
According to Hoff, Foundations, however well meaning, should not be setting food and agricultural policies for any nation of peoples. Democracy demands the informed participation of civil society to determine what is in the best interest of each nation's population. Doing well for
our shareholders seems an ulterior motive for meddling in the health and welfare of the planet and all its inhabitants in order to make a profit.
Perhaps not by coincidence, in July Monsanto's chief executive officer and president Hugh Grant purchased $2 million of company shares, and vice president and chief financial officer Carl M. Casale bought $1.6 million of shares. Grant and Casale have pocketed nice sums from selling Monsanto shares over the years. (7) Purchase of Monsanto shares by Gates, Grant and Casale could have been in anticipation of last weeks news that researchers published the genome for wheat, the staple grain for one-third of the world's population. For Monsanto, "a quality wheat genome map could potentially help in our efforts to bring better wheat varieties to farmers," said Monsanto. (8) In 2008, the Bill & Melinda Gates Foundation awarded $26.8 million to Cornell University to research wheat, and in May awarded $1.6 million to researchers at Washington State University to develop drought-resistant GE wheat varieties.(9)
The Gates Foundation continues to push Monsanto's products on the poor, despite mounting evidence of the ecological, economic and physical dangers of producing and consuming GE crops and agrochemicals. In June the U.S. Supreme Court ruled on Monsanto Co. vs. Geertson Seed Farms, its first case about a GE crop. The Court recognized that genetic contamination of
non-GE crops from transgene flow of DNA from GE crops, which occurs through the spread of pollen by wind and bees, is harmful and onerous to the environment and farmers. According to the web site of the Bill & Melinda Gates Foundation, AGRA and its partners have released more than 100 new varieties of improved seed across the [African] continent. (10)
La Via Campesina maintains that the best way to ensure healthy food, adapt to climate change, conserve soils, water and forests, and revitalize rural economies is with policies that promote food sovereignty and small-scale, agroecological farming systems the foundation of which is native seed varieties. The United Nations estimates that 75 percent of the world's plant genetic diversity has been lost as farmers have abandoned native seed for genetically-uniform varieties offered by corporations such as Monsanto. Genetic homogeneity increases farmers vulnerability to sudden changes in climate and the appearance of new pests and diseases, while seed agrobiodiversity with native seed adapted to different microclimates, altitudes and soils is fundamental for adapting to climate change. Saving and replanting native seed increases agrobiodiversity and strengthens crops genetic plasticity (their capacity to adapt rapidly over
generations to changing growing conditions).
According to Henry Saragih, general coordinator of La Via Campesina in Jakarta, "La Via Campesina condemns this missappropriation of humanitarian aid for commercial ends and the privatization of food policies"
Glendive, Montana. La Via Campesina (www.viacampesina.org), a global peasant movement representing small farmers, landless workers, fisherfolk, rural women, youth and indigenous peoples, with 150 member organizations from 70 countries on five continents, has denounced the Bill & Melinda Gates Foundation Trust s recent acquisition of Monsanto Company shares. The Bill & Melinda Gates Foundation was founded in 1994 by Microsoft founder William H. Gates, and today exerts a hegemonic influence on global agricultural development policy. The Foundation channels hundreds of millions of dollars into projects that encourage peasants and farmers to use Monsanto's genetically-engineered (GE) seed and agrochemicals. In August the Bill & Melinda Gates Foundation Trust, which manages the $33.5 billion asset trust endowment that funds the Foundation's philanthropic projects (and to which Bill & Melinda are trustees) disclosed that it purchased 500,000 shares of Monsanto shares for just over $23 million.(1) According to Dena Hoff, a diversified family farmer in Glendive, Montana and North American coordinator of La Via Campesina, The Bill & Melinda Gates Foundation Trust's purchase of Monsanto shares indicates that the Gates Foundation's interest in promoting the company's seed is less about philanthropy than about profit-making. The Foundation is helping to open new markets for Monsanto, which is already the largest seed company in the
world. Since 2006, the Bill & Melinda Gates Foundation has collaborated with the Rockefeller Foundation, an ardent promoter of GE crops for the world's poor, to implement the Alliance for a Green Revolution in Africa (AGRA), which is opening up the continent to GE seed and chemicals sold by Monsanto, DuPont and Syngenta. The Foundation has given $456 million to AGRA, and in 2006 hired Robert Horsch, a Monsanto executive for 25 years, to work on the project. In Kenya about 70 percent of AGRA grantees work directly with Monsanto (2) , nearly 80 percent of Gates' funding in the country involves biotech, and over $100 million in grants has been made to Kenyan organizations connected to Monsanto. In 2008, some 30 percent of the Foundation's agricultural development funds went to promoting or developing GE seed varieties (3). In April the Bill & Melinda Gates Foundation and finance ministers from the US, Canada, Spain and South Korea pledged $880 million to create the Global Agriculture and Food Security Program (GAFSP), managed by the World Bank to tackle world hunger and poverty. (4) In June GAFSP announced that it gave $35 million to Haiti to increase smallholder farmers access
to agricultural inputs, technology, and supply chains. (5) In May Monsanto announced that it donated 475 tons of seed to Haiti, which is being distributed by the US Agency for International Development (USAID). The administrator of USAID is Rajiv Shah, who worked at the Gates Foundation before being appointed by the Obama administration in 2009.
According to Chavannes Jean-Baptiste of the Haitian Peasant Movement of Papaye and Caribbean coordinator of La Via Campesina, it is really shocking for the peasant organizations and social movements in Haiti to learn about the decision of the Bill & Melinda Gates Foundation to buy Monsanto shares while it is giving money for agricultural projects in Haiti that promote the companys seed and agrochemicals. The peasant organizations in Haiti want to denounce this policy which is against the interests of 80 percent of the Haitian population, and is against peasant agriculture - the base of Haitis food production.
The Bill & Melinda Gates Foundation also funds the US governments Feed the Future initiative, administered by the State Department. At a July 20 congressional subcommittee hearing on Feed the Future, executive vice president for Monsanto Gerald Steiner testified that Feed the Future is exciting not least because it recognizes both the business imperatives by which Monsanto and other companies must operate. "We want to do good in the world, while we also do well for our shareholders." Steiner mentioned Monsantos project to develop drought resistant maize for Africa, also funded by the Bill & Melinda Gates Foundation.(6)
According to Hoff, Foundations, however well meaning, should not be setting food and agricultural policies for any nation of peoples. Democracy demands the informed participation of civil society to determine what is in the best interest of each nation's population. Doing well for
our shareholders seems an ulterior motive for meddling in the health and welfare of the planet and all its inhabitants in order to make a profit.
Perhaps not by coincidence, in July Monsanto's chief executive officer and president Hugh Grant purchased $2 million of company shares, and vice president and chief financial officer Carl M. Casale bought $1.6 million of shares. Grant and Casale have pocketed nice sums from selling Monsanto shares over the years. (7) Purchase of Monsanto shares by Gates, Grant and Casale could have been in anticipation of last weeks news that researchers published the genome for wheat, the staple grain for one-third of the world's population. For Monsanto, "a quality wheat genome map could potentially help in our efforts to bring better wheat varieties to farmers," said Monsanto. (8) In 2008, the Bill & Melinda Gates Foundation awarded $26.8 million to Cornell University to research wheat, and in May awarded $1.6 million to researchers at Washington State University to develop drought-resistant GE wheat varieties.(9)
The Gates Foundation continues to push Monsanto's products on the poor, despite mounting evidence of the ecological, economic and physical dangers of producing and consuming GE crops and agrochemicals. In June the U.S. Supreme Court ruled on Monsanto Co. vs. Geertson Seed Farms, its first case about a GE crop. The Court recognized that genetic contamination of
non-GE crops from transgene flow of DNA from GE crops, which occurs through the spread of pollen by wind and bees, is harmful and onerous to the environment and farmers. According to the web site of the Bill & Melinda Gates Foundation, AGRA and its partners have released more than 100 new varieties of improved seed across the [African] continent. (10)
La Via Campesina maintains that the best way to ensure healthy food, adapt to climate change, conserve soils, water and forests, and revitalize rural economies is with policies that promote food sovereignty and small-scale, agroecological farming systems the foundation of which is native seed varieties. The United Nations estimates that 75 percent of the world's plant genetic diversity has been lost as farmers have abandoned native seed for genetically-uniform varieties offered by corporations such as Monsanto. Genetic homogeneity increases farmers vulnerability to sudden changes in climate and the appearance of new pests and diseases, while seed agrobiodiversity with native seed adapted to different microclimates, altitudes and soils is fundamental for adapting to climate change. Saving and replanting native seed increases agrobiodiversity and strengthens crops genetic plasticity (their capacity to adapt rapidly over
generations to changing growing conditions).
According to Henry Saragih, general coordinator of La Via Campesina in Jakarta, "La Via Campesina condemns this missappropriation of humanitarian aid for commercial ends and the privatization of food policies"
Tuesday, 10 August 2010
Uma autorização especial, nada burocrática
A família do Agro-V foi ter com o vizinho, que é polícia municipal no concelho ao lado, a pedir autorização para matar o porco em casa. Polícia é autoridade. Há de se perguntar às autoridades, para fazer tudo como deve ser, visto ter havido ali umas leis em relação a isso de matar o porco em casa. O polícia municipal, bem a par de que não tinha competência para dizer o que quer que seja (a não ser citar a lei que provavelmente desconhecia), entendeu a ansiedade que os tinha trazido para ali, teve compaixão, e deu a autorização. Ali logo, uma autorização verbal. E a família do Agro-V partiu feliz para a matança.
Sunday, 8 August 2010
Colonialismo pós-colonialista
Os colonialistas substituiram a palavra "atraso" por "pobreza", para poderem continuar o projecto colonialista sem ofender o bom tom.
Saturday, 17 July 2010
Problematização nula do abandono
Um entrevistando meu disse, numa entrevista em Agosto, 40ºC à sombra, água a pingar do ar condicionado no seu gabinete do ministério:
"O abandono agrícola toda a gente reconhece que é um problema. É como com o calor. Toda a gente sabe que é um problema. Mas fica por aí, não está na agenda política."
"O abandono agrícola toda a gente reconhece que é um problema. É como com o calor. Toda a gente sabe que é um problema. Mas fica por aí, não está na agenda política."
Thursday, 15 July 2010
Vem sentar-te comigo Lídia
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Ricardo Reis/Fernando Pessoa
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Ricardo Reis/Fernando Pessoa
Agricultural and Rural Convention 2020
ARC é uma plataforma de discussão que pretende gerar uma mensagem comum da Sociedade Civil da UE para as Instituições Europeias sobre o futuro que queremos para a agricultura e para a Política Agrícola Comum (PAC), que está a ser reformada para o pós-2013. Participa!
http://www.arc2020.eu/
Monday, 12 July 2010
Friday, 18 June 2010
Thursday, 17 June 2010
Tipo um milagre
Imaginem esta, não é que encontrei um livro sobre a política agrícola que se lê quase como um romance, semi-criminal, semi-comédia?
Admito que poderá ser que eu já esteja demasiado alienada do que é um verdadeiro livro de entretenimento, para que este me pareca uma alta diversão. Mas recomendo vivamente: "A agricultura Portuguesa na PAC" de J.A. Santos Varela. Trata da integração da agricultura Portuguesa na Política Agrícola Comum, e apesar de defender alguns ideais produtivistas é um livro histórico objectivo, e tem mais pontos de exclamação que algum livro do género que já me passou pela frente.
Admito que poderá ser que eu já esteja demasiado alienada do que é um verdadeiro livro de entretenimento, para que este me pareca uma alta diversão. Mas recomendo vivamente: "A agricultura Portuguesa na PAC" de J.A. Santos Varela. Trata da integração da agricultura Portuguesa na Política Agrícola Comum, e apesar de defender alguns ideais produtivistas é um livro histórico objectivo, e tem mais pontos de exclamação que algum livro do género que já me passou pela frente.
Camponeses detidos em apartamento
Uma vez em Góis vi um casal de camponeses velhotes sentados na varanda de um apartamento. Estavam vestidos como quem vai para as terras. Coitadinhos, os filhos concerteza estavam a pensar que estavam a fazer um favor aos pais de os trazer para o apartamento deles. Eles, no entanto, estavam aí a olhar tristes e aborrecidos para a rua, completamente deslocados. Queriam usar a pouca energia e muita vontade que tinham para botar erva ao vivo ou sachar o milho. Via-se pelas caras. Estar ali de mãos repousadas no colo, na varanda de um apartamento desaconchegante, era um verdadeiro calvário para eles. Soltem-nos! Deixem os voltar para a casita a cair aos bocados, com a lareira e os dois bancos de pau tosco, que lá estarão bem melhor. Estas raposas do mato, detidas nas armadilhas da modernidade.
Wednesday, 16 June 2010
Little cynical quizz
What does the shepherd do with the wool?
(think)
(guess)
(suspense)
[written in reverse: he burries it.]
(think)
(guess)
(suspense)
[written in reverse: he burries it.]
Monday, 14 June 2010
Nem...
"Nem o pai morre nem a gente janta."
Admiro imenso a minha irmã, que, não sei como, consegue sempre estar em meios em que este tipo de frases feitas estão na ordem do dia e ainda para mais são bem aceites.
Admiro imenso a minha irmã, que, não sei como, consegue sempre estar em meios em que este tipo de frases feitas estão na ordem do dia e ainda para mais são bem aceites.
Wednesday, 9 June 2010
Nebeneinander her geredet
Sie:
"Du machst das gut. 2 Tage 12 Stunden Arbeit und du hast es hinter dir."
"Factor analysis fuer die qualitativen Daten."
Ich:
"Werden sehen. Werden sehen. Ob ich die Nacht im Bett bleibe oder die Infusion rausreisse und zu Fuss nach Kirchberg gehe."
"Hauptsache es geht alles gut mit meinen Soehnen."
"Du machst das gut. 2 Tage 12 Stunden Arbeit und du hast es hinter dir."
"Factor analysis fuer die qualitativen Daten."
Ich:
"Werden sehen. Werden sehen. Ob ich die Nacht im Bett bleibe oder die Infusion rausreisse und zu Fuss nach Kirchberg gehe."
"Hauptsache es geht alles gut mit meinen Soehnen."
Wednesday, 26 May 2010
The World of CSA
Overview of Community Supported Agriculture & similar initiatives around the world, by Elizabeth Henderson:
http://www.urgenci.net/page.php?niveau=3&id=The%20World%20of%20CSA
http://www.urgenci.net/page.php?niveau=3&id=The%20World%20of%20CSA
Friday, 14 May 2010
O Regulador está a ganhar juízo
O Regulador está a ganhar juízo, até com alguma celeridade nos últimos anos. Depois de, uma a uma, quase todas as actividades de produção doméstica para auto-consumo e venda de pequenas quantidades em mercados de proximidade terem sido proibidos, agora, um a um, estão a sair regulamentos a admitir excepções para situações que não encaixam na produção agro-pecuária industrial.
Já não é necessário calibrar todos os vegetais e frutos para venda;
já se pode matar a bicharada em casa, desde que seja para consumo doméstico;
já há "cozinhas tradicionais" para transformação artesanal de produtos agrícolas.
Mesmo assim ainda há muita regulamentação a proibir e a dificultar actividades de subsistência e pequenas vendas directas. Mas daqui há uns anos somos capazes de voltar à estaca zero. Se o Regulador quiser e o diabo deixar.
Já não é necessário calibrar todos os vegetais e frutos para venda;
já se pode matar a bicharada em casa, desde que seja para consumo doméstico;
já há "cozinhas tradicionais" para transformação artesanal de produtos agrícolas.
Mesmo assim ainda há muita regulamentação a proibir e a dificultar actividades de subsistência e pequenas vendas directas. Mas daqui há uns anos somos capazes de voltar à estaca zero. Se o Regulador quiser e o diabo deixar.
Thursday, 13 May 2010
Nunca te vimos tão perto
"Devagar se vai ao longe
- nunca te vimos tão perto."
(Talvez repetido, mas sempre relevante)
Zeca Afonso
- nunca te vimos tão perto."
(Talvez repetido, mas sempre relevante)
Zeca Afonso
Wednesday, 12 May 2010
Torna-jeira
Estive vários dias à procura desta palavra, finalmente a re-encontrei.
Torna-jeira - significa um dia de trabalho trocado. Eu ajudo ao X num dia, e ele ajudar-me-á noutro.
Torna-jeira - significa um dia de trabalho trocado. Eu ajudo ao X num dia, e ele ajudar-me-á noutro.
Tuesday, 11 May 2010
Política local e fundos comunitários
Parece bastante... absurdo, maluco?... enfim, estive a ver esse belíssimo documento de uma Câmara Municipal a descrever pomposamente o seu concelho... As coisas boas que tem, com fotografias. As fotografias são de duas coisas. Por um lado temos as novas infra-estruturas ultra-modernas à "Parque das Nações"/astronave extraterreste que caiu ali. Construídas com fundos comunitários (como sabemos). E por outro lado fotografias de uma tentativa de valorização romântica e moderna das tradições locais (que estão a ser exterminadas, como sabemos). Pois são bonitas vistas da urbe, mas no fundo acha-se que não há nada mais primitivo e antiquado que ter uma horta familiar e criar um porco.
Está claro como água. Os fundos comunitários davam para obras públicas ao estilo dos EUA, mas não davam para pôr o Presidente da Câmara a ir tirar o sexto ano. (Nem muitas outras coisas realmente necessárias.)
(Hups, perdão.)
Está claro como água. Os fundos comunitários davam para obras públicas ao estilo dos EUA, mas não davam para pôr o Presidente da Câmara a ir tirar o sexto ano. (Nem muitas outras coisas realmente necessárias.)
(Hups, perdão.)
Monday, 10 May 2010
Qualitative data analysis
I'm starting to understand the how and why of qualitative data analysis:
Data reduction,
First and second level coding,
Data display,
Conclusion drawing.
How nice is that?
Data reduction,
First and second level coding,
Data display,
Conclusion drawing.
How nice is that?
Friday, 30 April 2010
Wednesday, 7 April 2010
Tuesday, 16 March 2010
Petition moratorium GM crops EU
1 million signatures to ask for a moratorium on GM crops in the European Union:
http://www.avaaz.org/en/eu_health_and_biodiversity/?cl=509532736&v=5592
http://www.avaaz.org/en/eu_health_and_biodiversity/?cl=509532736&v=5592
Thursday, 11 March 2010
Wednesday, 10 March 2010
Sitting
What's the most difficult about doing PhD?
Well, for me, at the moment...sitting all day indoors.
Well, for me, at the moment...sitting all day indoors.
Monday, 8 March 2010
Wenn nicht mehr Zahlen und Figuren
"Wenn nicht mehr Zahlen und Figuren
sind Schlüssel aller Kreaturen,
Wenn die so singen, oder Küssen
Mehr als die Tiefgelehrten wissen,
Wenn sich die Welt ins freie Leben
Und in die Welt wird zurück begeben,
Wenn dann sich wieder Licht und Schatten,
Zu echter Klarheit werden gatten,
Und man in Märchen und Gedichten
Erkennt die Wahren Weltgeschichten,
Dann fliegt vor Einem geheimen Wort
Das ganze verkehrte Wesen fort."
Novalis
sind Schlüssel aller Kreaturen,
Wenn die so singen, oder Küssen
Mehr als die Tiefgelehrten wissen,
Wenn sich die Welt ins freie Leben
Und in die Welt wird zurück begeben,
Wenn dann sich wieder Licht und Schatten,
Zu echter Klarheit werden gatten,
Und man in Märchen und Gedichten
Erkennt die Wahren Weltgeschichten,
Dann fliegt vor Einem geheimen Wort
Das ganze verkehrte Wesen fort."
Novalis
Friday, 5 March 2010
Biodiversidade e sonhos suculentos
Recentemente estive num seminário sobre a conservação de um sítiozinho verde no meio da cidade de Colchester. O pessoal estava animado: "vejam só, um espaço tão pequeno, que serviu para depósito de lixo industrial durante décadas, no meio de uma cidade, e é tão biodiverso!" E um professor de sociologia notou: "estes espaços verdes nas cidades são cada vez mais importantes para a conservação da natureza, visto que a agricultura industrial não permite que plantas e animais selvagens subsistam nos espaços agrícolas."
Já adivinharam?
Pois, nesse momento fiquei com umas dores no coraçanito e mesmo deprimida...
Se me parece que Portugal está degradado...apenas com rastícios de natureza autóctone...é de facto um paraíso de biodiversidade: o melhor que há, o melhor que nos resta!...
Assim acontece que esta noite sonhei com a biodiversidade da Roménia. Estava ali a caminhar pelos montes ardidos e só velhos romenos se cruzavam comigo (deve ser o meu subconsciente desperto para a marginalização agrícola que lá também se passa, graças, em parte, à integração Europeia) e espantava-me com a diversidade de flores e plantinhas. Até uma Linaria bem grande com flores amarelas lá havia!...
Como é que fomos capazes de trocar umas comodidadezecas que se tornam lixo em três tempos por toda esta beleza e riqueza da natureza???
Já adivinharam?
Pois, nesse momento fiquei com umas dores no coraçanito e mesmo deprimida...
Se me parece que Portugal está degradado...apenas com rastícios de natureza autóctone...é de facto um paraíso de biodiversidade: o melhor que há, o melhor que nos resta!...
Assim acontece que esta noite sonhei com a biodiversidade da Roménia. Estava ali a caminhar pelos montes ardidos e só velhos romenos se cruzavam comigo (deve ser o meu subconsciente desperto para a marginalização agrícola que lá também se passa, graças, em parte, à integração Europeia) e espantava-me com a diversidade de flores e plantinhas. Até uma Linaria bem grande com flores amarelas lá havia!...
Como é que fomos capazes de trocar umas comodidadezecas que se tornam lixo em três tempos por toda esta beleza e riqueza da natureza???
Está bem dito
"O modelo actual de desenvolvimento económico dá prioridade ao crescimento económico e à produção de bens, acima da melhoria das condições de vida das pessoas e da erradicação da pobreza."
in Redclift, M. (1984). Development and the Environmental Crisis. Methuen, London e New York.
in Redclift, M. (1984). Development and the Environmental Crisis. Methuen, London e New York.
Thursday, 4 March 2010
Andamos a gastá-lo porque sim
É verdade, sim senhora. Se andamos a gastar fundos públicos com a agricultura, e depois deixamos a competição externa inviabilizar economicamente os investimentos...o que andamos a fazer?!
Ah pois, são na sua maioria fundos Europeus, por isso pouco importa estarmos a desbaratá-los, é isso? Queijarias abandonadas na paisagem ficam bonitas. É um investimento na arte e no embelezamento do país. Pode atrair turistas.
Leitura de Pedro Lains (2009) "Agriculture and Economic Development in Portugal, 1870-1973".
Ah pois, são na sua maioria fundos Europeus, por isso pouco importa estarmos a desbaratá-los, é isso? Queijarias abandonadas na paisagem ficam bonitas. É um investimento na arte e no embelezamento do país. Pode atrair turistas.
Leitura de Pedro Lains (2009) "Agriculture and Economic Development in Portugal, 1870-1973".
Schläft ein Lied in allen Dingen
"Schläft ein Lied in allen Dingen,
die da träumen fort und fort,
und die Welt hebt an zu singen,
triffst du nur das Zauberwort."
Joseph von Eichendorff
die da träumen fort und fort,
und die Welt hebt an zu singen,
triffst du nur das Zauberwort."
Joseph von Eichendorff
Tuesday, 2 March 2010
Autoridades académicas (Fora!)
Neste sistema académico persiste este poder asqueroso que os professores têm sobre os alunos - porque os avaliam. Estamos às vezes nas mãos de gente atrasada e mesquinha e temos que fazer as coisas de modo a que eles fiquem satisfeitos, muito embora possa não corresponder ao que queremos ou precisamos de fazer. Eles é que estabelecem para nós nas aulas o que são os factos, que depois somos obrigados a regurgitar nos exames. Se nós pensarmos mais além até somos penalizados, porque dizemos algo que não corresponde àquilo que nos foi inculcado, ou seja, não decorámos a lição como devia ser.
Graças ao Divino estou quase por fora deste sistema de poder, mas vejo o acontecer à minha volta e vejo professores a assumir que eles é que mandam, com uma naturalidade que me dá contorções ao estômago...e arrepios.
Graças ao Divino estou quase por fora deste sistema de poder, mas vejo o acontecer à minha volta e vejo professores a assumir que eles é que mandam, com uma naturalidade que me dá contorções ao estômago...e arrepios.
Friday, 5 February 2010
Destorcido
Questão: "Quando descobre alguma coisa nova que funiona na sua exploração mostra e explica a outros agricultores?"
Re: "Sim, mas as pessoas não querem saber".
Re: "Sim, mas as pessoas não querem saber".
Wednesday, 3 February 2010
De onde vem o termo "organic"?
Pois bem, pq é que a Agricultura Biológica é designada "organic farming" nos países Anglófonos?
O Lord Northbourne escreveu um livro em 1940 em que usou este termo "organic" para se refeir a quintas que trabalham como se de um organismo se tratasse. Isso inspirado nas ideias do amiguinho Dr. Rudolf Steiner que defendeu que a agricultura para ser sustentável tinha que acontecer de forma integrada, em sistemas com ciclos quase fechados, as tais originais quintas orgânicas.
Como o termo "organic" hoje já vai longe destes ideais de sustentabilidade! Fico velhinha!
O Lord Northbourne escreveu um livro em 1940 em que usou este termo "organic" para se refeir a quintas que trabalham como se de um organismo se tratasse. Isso inspirado nas ideias do amiguinho Dr. Rudolf Steiner que defendeu que a agricultura para ser sustentável tinha que acontecer de forma integrada, em sistemas com ciclos quase fechados, as tais originais quintas orgânicas.
Como o termo "organic" hoje já vai longe destes ideais de sustentabilidade! Fico velhinha!
Monday, 1 February 2010
Friday, 22 January 2010
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