Thursday, 14 May 2009

Refresco de tojo

Terça-feira passada a minha colega organizou um almoço de plantas selvagens aqui na Universidade de Essex, como parte de um seminário sobre utilização de plantas selvagens. Apesar de não ser uma altura do ano em que haja frutas, nozes, raízes ou assim por cá, ainda conseguimos montar um bufet engraçado. Eu estava com antecipação para ver as caras quando as pessoas iam provar aquelas sandes de dente-de-leão, aquela tarte de urtiga e claramente a salada universitária (plantas que apanhámos meia hora antes aqui no parque da universidade). Mas as pessoas estavam super curiosas e interessadas e até houve quem bebeu sem cuspir o meu refresco de tojo. Pois, eu fiquei encarregue daquela receita para fazer refresco de tojo (Ulex europaeus), que não aconselho a ninguêm repetir, mas a ideia básica é aplicável a outras plantas/flores também. É basicamente por as flores cobertas por água a ferver uns minutos, filtrar a mixórdia, adicionar açúcar qb e ferver mais um pouco. Pode ser guardado assim em garrafas esterilizadas e bem fechadas. Depois para beber é só adicionar água. Assim pode-se preservar por exemplo a fragrância das flores do pirliteiro e do sabugueiro para as tardes de Agosto.

Utilizar as plantas selvagens à nossa volta é uma maneira de conhecermos melhor o ambiente que nos rodeia e querendo utilizar as plantas vamos ficar mais atentas ao seu ciclo de vida e descobrimos os habitats em que crescem. Também costuma ser uma actividade social colher plantas selvagens. Colher míscaros ou castanhas no outono pode ser uma ocasião de reunir com familiares e amigos. E aqui no Reino Unido é uma maneira de conseguir algumas vitaminas, que quase que desaparecem dos legumes e das frutas importadas, produzidas em explorações indústriais, até chegarem cá.

Wednesday, 13 May 2009

O Giracídio

Já ouviste falar do Giracídio?
Foi uma altura (nos anos 90 e até 2005) em que os incentivos financeiors /subsídios para a produção de girassol eram tão elevados que muitos agricultores deixaram de cultivar aquilo que eram as culturas adaptadas aos seus terrenos e começaram a cultivar girassol. Mas aqueles terrenos não eram muito adequados ao girassol e a produção não era muita, os preços de venda tão baixos que não valia a pena fazer a colheita. Então os agricultores só deitavam a semente, deixavam o girassol crescer um pouco e mais tarde passavam com uma grade e enterravam aquilo tudo outra vez. Ganhavam mais assim do que cultivando alguma cultura que estivesse adaptada àquelas terras.

Viva a política agrícola! Sempre!
:-(

Monday, 11 May 2009

Dressed up tribesman

The husband of a friend of mine had to go to Uganda to meet some people from a tribe. The local government officials told the tribesman that was going to meet the foreigners that he should dress something, not go naked as they would usually do. Okay, no problem. The tribesman found a tie and an old jacket and that's all he wore on the meeting. He was very comfortable like that, as he believed he was absolutely properly dressed.

Friday, 8 May 2009

Incredible

"If you go now to that village there is only one person, the other two are having lunch in the elderly home next village."

Thursday, 7 May 2009

Fresh water

I love natural rivers.
This one is next to Moura Morta, Castro Daire.

Para votar

Finalmente um poll realmente divertido e inspirador!

http://uma-mesa-redonda.blogspot.com/2009/04/por-que-mente-e-quem-mente-julio.html

Pontapé aos Índios, venham os Come ones

Zona vai ser palco de construção de 8 hotéis de luxo
Lagos: Índios da Meia Praia pedem requalificação dos bairros onde vivem há 40 anos
24.04.2009 - 11h02 Cecília Malheiro, Lusa

Com a chegada de oito hotéis de luxo à Meia Praia, em Lagos, os pescadores conhecidos pelos Índios da Meia Praia reivindicam uma requalificação sustentável para os bairros onde vivem há cerca de 40 anos.O primeiro hotel de luxo a abrir na Meia Praia já este sábado, às 20:00, é o Vila Galé Lagos, um quatro estrelas superior dedicado ao mundo da moda e com cerca de 30 milhões de euros investidos pela segunda cadeia hoteleira mais importante do país. Em declarações à Lusa, o autarca de Lagos, Júlio Barroso, adiantou que estão na calha mais sete hotéis no âmbito do Plano de Urbanização da Meia Praia (PUMP), sendo dois deles projectos Potencial Interesse Nacional (PIN). Os hotéis de luxo são vistos com agrado pelos habitantes do típico Bairro 25 de Abril, mas o presidente da Associação de Moradores apela ao autarca de Lagos para que em vez da desactivação progressiva do bairro se aposte numa requalificação do bairro dos pescadores em pólo turístico. "Vemos com bons olhos o aparecimento de empreendimentos hoteleiros, porque traz mais investimento para a nossa zona e emprego, mas como isto é uma aldeia típica e antiga, a Câmara devia preservar o local e transformá-lo num ponto turístico a visitar", defendeu José Bartolomeu, presidente da Associação de Moradores da Meia Praia. Segundo José Bartolomeu, o presidente da Câmara de Lagos devia "pôr olhos na aldeia, que tem quase 40 anos e onde há pessoas muito antigas a viver, e devia transformar o local num sítio a visitar". Júlio Barroso disse à Agência Lusa que foi decidida a desactivação progressiva dos bairros da Meia Praia, contudo alega que "está tudo em aberto" e que a hipótese de uma requalificação dos bairros dos pescadores pode ser viável. "O que está lá não honra Lagos, nem o país, mas a vida é uma dinâmica e não descarto a hipótese de requalificar os bairros", disse. Além do Vila Galé Lagos, cujas obras exteriores estão a ser ultimadas esta semana para a inauguração no dia 25 de Abril, e com a provável visita do primeiro-ministro José Sócrates, está também em construção na Meia Praia o Iberohotel de cinco estrelas e que deverá terminar obra em Abril de 2010. Os projectos PIN Palmares - com um aldeamento turístico, um hotel e o campo de golfe - e o Meia Praia Baia Resort - constituído por um hotel, um suite hotel e um apartotel - estão ambos previstos abrir em 2012. Com o Hotel Meia Praia (antigo Hotel Azul), também do grupo Palmares, e o Hotel "New Paradigme" estão previstos um total de oito unidades hoteleiras no PUMP. A Câmara de Lagos aprovou recentemente o plano de pormenor na zona da estação de caminho de ferro e está previsto ainda para a zona da Meia Praia outros dois empreendimentos de investidores espanhóis. No Bairro 25 de Abril há cerca de 50 casas com anexos e cerca de 220 pessoas a viver nelas, mas uma parte dos habitantes - a segunda geração dos índios da Meia Praia - já partiram para bairros nos arredores da cidade de Lagos. "Os novos vão embora e ficam os velhos. Esta comunidade vai deixar de existir se não deixarem fazer obras nas casas ou se não existir uma requalificação amiga do ambiente", alerta o índio da Meia Praia, José Bartolomeu. Manuela Rosa, 60 anos e há 41 anos a viver ao lado do mar da Meia Praia não concorda em ter que largar a sua casa e diz que dali não sai para nenhum apartamento. "Tenho problemas de pernas, não posso subir escadas", riposta sentada numa das cadeiras do Café Larita, o único do bairro, onde há bolos frescos e sumos Caprisone e onde se pode jogar às cartas e bilhar. Também Pedro Romão, um "índio de segunda geração", demonstra desagrado em estarem a separar a comunidade piscatória. "Não tem jeito nenhum, separarem-nos e porem-nos em apartamentos", lança atrás do balcão do Café Larita. Os índios da Meia Praia foram cantados pelo músico José Afonso, que lhes dedicou uma canção. Inicialmente a população vivia em barracas de colmo e depois passou para casas de tijolo erguidas após o 25 de Abril com dinheiros do Estado português a fundo perdido através do SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local). O Plano da Urbanização da Meia Praia foi aprovado em Julho de 2007 pelo Governo, uma medida que veio permitir a construção de hotéis de quatro e cinco estrelas naquele areal.

Wednesday, 6 May 2009

Populu Vivu - I Chjami Aghjalesi

Finally on You Tube!...

Ghymes - Álom elé

"Álmos vagy,
Este vagyok.
Álmod van,
benne vagyok."

Dívida externa de Portugal

Debt - external:
$461.2 billion (31 December 2007)


GDP (official exchange rate):
$255.5 billion (2008 est.)

https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html

Tuesday, 5 May 2009

Pequenas pérolas

Extratos de entrevistas:

"Depois pedimos a raposa para definir boas práticas para as galinhas."

"Estamos a viver numa anarquia madura."

"Eu já não vou muito por aquilo que leio."

"A Espanha andou 600 anos a tentar tomar conta de Portugal militarmente e não conseguiu, e agora economicamente já está a conseguir."

"O neo-rural estrangeiro secalhar é um filho do Maio de 68, e o Português que está lá é o mais conservador do mundo. Por isso o neo-rural é visto como uma curiosidade, uma coisa que se estuda pelo absurdo, mas não como um exemplo a seguir."