Terça-feira passada a minha colega organizou um almoço de plantas selvagens aqui na Universidade de Essex, como parte de um seminário sobre utilização de plantas selvagens. Apesar de não ser uma altura do ano em que haja frutas, nozes, raízes ou assim por cá, ainda conseguimos montar um bufet engraçado. Eu estava com antecipação para ver as caras quando as pessoas iam provar aquelas sandes de dente-de-leão, aquela tarte de urtiga e claramente a salada universitária (plantas que apanhámos meia hora antes aqui no parque da universidade). Mas as pessoas estavam super curiosas e interessadas e até houve quem bebeu sem cuspir o meu refresco de tojo. Pois, eu fiquei encarregue daquela receita para fazer refresco de tojo (Ulex europaeus), que não aconselho a ninguêm repetir, mas a ideia básica é aplicável a outras plantas/flores também. É basicamente por as flores cobertas por água a ferver uns minutos, filtrar a mixórdia, adicionar açúcar qb e ferver mais um pouco. Pode ser guardado assim em garrafas esterilizadas e bem fechadas. Depois para beber é só adicionar água. Assim pode-se preservar por exemplo a fragrância das flores do pirliteiro e do sabugueiro para as tardes de Agosto.
Utilizar as plantas selvagens à nossa volta é uma maneira de conhecermos melhor o ambiente que nos rodeia e querendo utilizar as plantas vamos ficar mais atentas ao seu ciclo de vida e descobrimos os habitats em que crescem. Também costuma ser uma actividade social colher plantas selvagens. Colher míscaros ou castanhas no outono pode ser uma ocasião de reunir com familiares e amigos. E aqui no Reino Unido é uma maneira de conseguir algumas vitaminas, que quase que desaparecem dos legumes e das frutas importadas, produzidas em explorações indústriais, até chegarem cá.
Thursday, 14 May 2009
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