Monday, 20 December 2010

Subsídios aumentaram rendimento agrícola em 2010

"Segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2010, o Rendimento da Actividade Agrícola em Portugal, por unidade de trabalho, deverá ter crescido 6,8%, em termos reais, relativamente a 2009. Apesar da pequena redução nominal do Valor Acrescentado Bruto (-0,6%), o Rendimento de Factores deverá ter aumentado 5,7%, em virtude do acréscimo em 21,0% dos Outros Subsídios à Produção. O Volume de mão de-obra agrícola deverá ter continuado a diminuir (-1,9%)."

(INE, 2010)

Investimento público à toa

Parece que foi um jornalista do Jornal "O crime" que inventou...mas infelizmente não; é realidade. Será que é mais uma vez a UE a pagar e por isso os responsáveis não querem saber se o investimento faz sentido ou não?

COMUNICADO DE IMPRENSA da LPN

*Mini-hídrica a construir no Rio Mondego invalida investimento de 3,5 milhões em passagem para peixes migradores*

*Foi este ano adjudicada a obra para a construção de uma escada para a passagem de peixes migradores no Açude-ponte em Coimbra, que representará um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros. Atendendo a que o objectivo desta obra é garantir o acesso de espécies como a lampreia-marinha, o sável e a savelha às suas áreas de reprodução, foi com grande surpresa que a LPN constatou o lançamento recente de um concurso público, para a construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante deste açude.*

A construção de barragens e açudes ao longo de todas as bacias hidrográficas nacionais tem vindo a constituir uma ameaça à conservação de diversas espécies de peixes, em particular as espécies que efectuam migrações entre o mar e os rios para completarem o seu ciclo de vida.

É o caso da lampreia-marinha, do sável e da savelha, que se reproduzem nos rios, mas migram para o mar, onde desenvolvem grande parte da sua vida adulta. Ao contrário destas, a enguia reproduz-se no mar e os juvenis sobem os rios, onde se vão desenvolver até à fase de migração para reprodução. As barragens e açudes são obstáculos físicos à migração destas espécies, uma vez que muito raramente conseguem ultrapassar estas barreiras, representando por isso uma ameaça à conservação das mesmas.

Uma das medidas mais eficientes para a preservação destas espécies é evitar a implementação destas estruturas a jusante das áreas de reprodução daquelas espécies e, quando as mesmas já existem, a construção de dispositivos que permitam a sua transposição, como as escadas e elevadores para peixes, de que é exemplo a passagem para peixes que está a ser construída no
Açude-Ponte em Coimbra. Este investimento no açude justificou-se devido à importância do Rio Mondego para a reprodução das espécies migradoras, que não conseguiam ultrapassar aquela infra-estrutura localizada a apenas 35 km da foz do troço principal do Mondego e que, com passagem assegurada, passarão a dispor de mais cerca de 40 km nesta bacia hidrográfica, que incluirão, para além do troço principal do Mondego, os rios Ceira e Alva.

Foi com grande surpresa que a LPN teve conhecimento do lançamento de um concurso público para construção de uma mini-hídrica a cerca de 15 km a montante do Açude-Ponte (D.R. II Série, 201/2010 de 15 de Outubro) com a finalidade de produção de energia hidroeléctrica e captação de água. O lançamento desta obra pela Administração de Região Hidrográfica do Centro é uma perfeita contradição pois anula quase por completo os efeitos conservacionistas positivos da construção da passagem para peixes no Açude-Ponte em Coimbra, promovida pelo Instituto da Água.

A LPN acredita que esta iniciativa possa ter resultado de alguma falha de comunicação entre as várias entidades do Ministério do Ambiente, pelo que espera que o concurso público para construção da mini-hídrica venha a ser anulado em breve.

Lisboa, 24 de Novembro de 2010

*A Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza*

Wednesday, 15 December 2010

Decline of agricultural labour in the EU

EU agricultural labour down by nearly 25% since 2000

Agricultural labour in the EU has decreased by 24.9% since 2000 which, in terms of AWU, represents a drop of 3.7 million from 14.9 million AWU in 2000 to 11.2 million AWU in EU-27 in 2009. Because many farmers and farm workers are only employed part-time in agriculture, the number of people actually working in agriculture is greater than the number of annual work units.

Measured as a percentage of the total active population in the EU, agricultural labour input in AWU accounted for 4.7% in 2009 (based on active population 2008) compared to 6.7% in 2000. In EU-15 the respective percentages in 2009 were 2.8 as against 3.8 in 2000, although the shares – and the changes – in the 12 new Member States were much higher.

In 2009 agricultural labour input represented 12.1% in the 12 new Member States as a percentage of active population, while the percentage in 2000 was 17.3%, signifying that the fall in agricultural labour input on average in the 12 new Member States is equivalent to more than 5 per cent of the active population. It should be noted that these countries entered EU and the Common agricultural policy after 2000.

The rates of decrease in agricultural labour input in the individual countries range from 2.6% in Greece to 55% in Estonia, where labour input has more than halved in less than 10 years. Generally speaking, the decrease is lowest in the EU-15 countries, but also in Poland (−11.3%), which makes it an exception among the 12 new Member States. Portugal, on the other hand, is in the opposite situation: its decrease of 31.6% shows a trend similar to the average decrease in labour input for the 12 new Member States (−31.3%).

Despite the steep falls recorded in the new Member States, agricultural labour input in these countries in 2009 accounted for a little over half (51.7%) of EU-27 agricultural labour input.

The figures for agricultural labour input are recorded in the Economic accounts for agriculture as 'Non-salaried labour input' and 'Salaried labour input', respectively. Since 2000, non-salaried labour input, which represents the largest share in almost all countries (except the Czech Republic and Slovakia), fell by 28.3% in the EU-27, while the salaried portion decreased only by 9.6%.

(From the Eurostat website)