Monday, 29 September 2008

Canta camarada, canta

Canta camarada, canta
canta que ninguém te afronta
que esta minha espada
corta dos copos até à ponta.

Eu hei-de morrer de um tiro
Ou duma faca de ponta
Se hei-de morrer amanhã
morra hoje tanto conta.

Tenho sina de morrer
na ponta de uma navalha
Toda a vida hei-de dizer
Morra o homem na batalha.

Viva a malta e trema a terra
Aqui ninguém arredou
nem há-de tremer na Guerra
Sendo um homem como eu sou.

Zeca Afonso encontrou esta melodia em Canas de Senhorim, perto da terra onde eu cresci, tinha um texto muito prosaico e banal e ele transformou nesta música heróica e de luta. Combina com Goethe's "Stirb und werde".

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